O que sabemos sobre neurociências?Conceitos e equívocos entre opúblico geral e entre educadores
- psicologabarbarame2
- 1 de jan. de 2020
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Atualizado: 18 de ago.
RESUMO - As descobertas sobre o funcionamento do cérebro, assim como suas aplicações nos processos de ensino-aprendizagem, têm sido alvo de interesse. Contudo, os resultados de pesquisas e os conceitos na área das neurociências muitas vezes são mal compreendidos ou distorcidos, perpetuando-se como falsas crenças, chamados ‘neuromitos’. O objetivo deste estudo foi investigar o conhecimento do público geral e, especialmente, de uma subamostra de educadores brasileiros acerca de conceitos e crenças equivocadas sobre neurociências. Trata-se de um estudo exploratório-descritivo em que participaram 2795 sujeitos, 1643 educadores (58,8%) e 1152 não educadores, que responderam a um questionário on-line sobre conceitos e equívocos em neurociências. Os resultados mostraram que tanto público geral como a subamostra de educadores, independentemente de terem feito algum curso sobre neurociências, possuem pouco conhecimento sobre o tema e apresentam crenças equivocadas em diversos conceitos. Os percentuais de erros/ incertezas do público geral e da subamostra de educadores foram, respectivamente: 1) sono como momento de descanso para o cérebro (90% e 90,3%); 2) diferenças de dominância hemisférica como determinantes do desempenho em diferentes áreas (74,8% e 73,6%); 3) sentimentos vivenciados pelo coração (78,3% e 73%); 4) não maleabilidade das habilidades cognitivas (78,9% e 73,9%); e 5) uso de apenas 10% do cérebro (73,5% e 75,8%). Constata-se a necessidade de maior aproximação das neurociências com o público geral e, especialmente, com a educação e sugere-se que áreas como a Psicopedagogia e a neuropsicologia sejam facilitadoras deste processo. Ao lado disso, neurocientistas podem buscar estratégias mais eficazes de divulgação do conhecimento.



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